Autismo

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINTOMAS DE AUTISMO?"

 

O autismo é um transtorno do desenvolvimento complexo com diferentes formas de apresentação. Por essa característica é também chamado de desordem do espectro autista, por incluir indivíduos com manifestações clínicas bastante distintas.

 

Como características fundamentais os indivíduos apresentam dificuldade de comunicação, de socialização e comportamento restrito e repetitivo.

  • A criança tem dificuldade de comunicação, isso significa que ela pode demorar para aprender as palavras e também tem dificuldade em utilizar com sentido a comunicação não verbal, que inclui gestos, expressões faciais e expressão corporal.
  • A criança tem dificuldade de socialização, que pode ser observada por um afastamento do convívio com outras crianças e o pouco contato visual. Apresenta dificuldade em compartilhar emoções e tem pouca consciência da outra pessoa.
  • O comportamento é restrito e pouco flexível. A criança assume padrões repetitivos como andar seguindo uma linha, abrir e fechar gavetas e pode ficar rodando ao redor de si. Usa brinquedos de forma não usual e tem dificuldade de aceitar mudanças.

 

EM QUAL IDADE É MAIS PROVÁVEL DE SE IDENTIFICAR?

 

Os sinais e sintomas de autismo podem estar presentes em qualquer momento da infância, mas o diagnóstico nem sempre é fácil, especialmente nos menores de 2 anos de idade.

 

O desenvolvimento pode ser normal nos primeiros meses e após evoluir com regressão. Por isso que é tão importante estar atento ao desenvolvimento da criança.

 

Os pais, por conhecerem melhor do que ninguém os filhos, estão em uma posição de destaque para o reconhecimento precoce de alguma perturbação do desenvolvimento. Portanto, devem estar atentos e acreditar em seus instintos. Se houver dúvida devem conversar com o pediatra.

 

O autismo deve ser investigado rotineiramente em consultas de rotina com o pediatra dos 18-30 meses. O diagnóstico precoce possibilita um tratamento com maior chance de sucesso.

 

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO? É COMUM AS MÃES DEMORAREM PARA IR EM BUSCA DE AJUDA?

 

Não existem exames laboratoriais ou de imagem que possam ser realizados para identificar o transtorno, portanto o diagnóstico é clínico e feito por profissionais com experiência no assunto. Existem testes específicos que podem ser aplicados. Mas o diagnóstico se constroi com o acompanhamento da criança em avaliações sequenciais.

 

Nem sempre os pais estão familiarizados com o desenvolvimento normal da criança. Por isso é importante a discussão com o pediatra nas consultas de puericultura sobre o desenvolvimento e que avaliem com os professores o comportamento na escola.

 

COMO É O TRATAMENTO? HÁ ACOMPANHAMENTO PARA A FAMÍLIA TAMBÉM?

 

Não existe uma única maneira de abordar o transtorno e cada criança pode demandar um tratamento distinto.

O acompanhamento é feito por equipe multiprofissional como psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

 

A participação dos pais é fundamental no sucesso do tratamento. O tratamento se estende além dos encontros com os profissionais e é no contexto familiar que os país auxiliam as crianças a ganharem cada vez mais habilidades sociais.

Os efeitos da intervenção  devem ser avaliados a cada 3 a 6 meses, sendo ajustada a abordagem se os resultados não forem satisfatórios.

 

Atualmente a abordagem comportamental é a mais aceita e aplicada para tratar o transtorno. A Terapia ABA é uma das principais estratégias. Trabalhos científicos comprovam a sua eficácia, especialmente na intervenção precoce e intensiva das crianças.