O consumo de comida orgânica tem crescido continuamente na última década. A demanda por produtos orgânicos, considerados mais saudáveis, impulsionou a produção e o cultivo de alimentos sem o uso de fertilizantes sintéticos ou pesticidas.
A ideia é evitar a contaminação dos alimentos e do meio ambiente. Fertilizantes naturais e métodos de controle biológico das pragas são medidas adotadas nesse tipo de cultivo.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento através do SISORG – sistema brasileiro de avaliação da conformidade orgânica – é o responsável por identificar e controlar a produção nacional de orgânicos.
A preocupação com a adequação nutricional dos alimentos cultivados pelo método tradicional, o receio dos efeitos colaterais dos pesticidas e fertilizantes químicos e a valorização do meio ambiente são fatores que influenciam na escolha do alimento.
Do ponto de vista nutricional, o alimento orgânico não é obrigatoriamente superior àquele cujo cultivo envolveu o uso de fertilizantes sintéticos. Os fertilizantes enriquecem o solo com os nutrientes necessários para o crescimento da planta, sendo os fertilizantes formulados para suprir essa demanda.
Quanto aos efeitos dos pesticidas sobre a saúde, a maior parte das evidências indica que os resíduos encontrados nos alimentos não representam risco para a maioria das pessoas. Porém, faltam dados quanto a repercussão e consequência toxicológica da exposição em crianças, uma vez que ocorre numa fase vulnerável do desenvolvimento.
Nesse sentido, cabe a nós a escolha do alimento mais adequado, ponderando a procedência do alimento, a forma de preparo e o custo. O alimento orgânico é de 50 a 100% mais caro.
De preferência por alimentos frescos, com maior quantidade de nutrientes, escolha alimentos variados, visando uma oferta nutricional balanceada, evite frutas “batidas” e vegetais sujos de terra. Sempre lave os alimentos em água corrente e escove a superfície sem adicionar detergente. Descasque os alimentos antes de comer, sabendo que alguns nutrientes serão perdidos. Assim, podemos reduzir a exposição alimentar a patógenos e pesticidas.