O terror noturno é uma atividade anormal do sono. Com características marcantes, os episódios de despertar da criança ocorrem na primeira parte da noite. A criança acorda abruptamente com um grito alto, agitada, com intensa sudorese e rubor da face. O coração parece acelerado e por mais que os pais tentem tranquilizar ela parece irresponsiva ao chamado.
O episódio tem duração aproximada de 15 minutos e, uma vez terminado, a criança volta a dormir normalmente. No dia seguinte a criança acorda sentindo-se alerta, descansada e não lembra do ocorrido.
Durante os episódios não se deve tentar despertar a criança. Ela é incapaz de responder ao chamado. Ficar ao lado para garantir que ela não se machuque é suficiente e, em poucos minutos, ela retomará o sono normalmente.
O terror noturno ocorre de forma pouco previsível, podendo manifestar mais de uma vez por semana ou com intervalos longos de até um mês. Ocorre na fase conhecida como fase não REM, quando a criança passa de uma fase de sono profunda para um sono mais superficial.
Situações que levem ao despertar durante a noite como doença do refluxo gastroesofágico, apnéia obstrutiva ou ansiedade de separação podem favorecer os episódios. Portanto, manter a higiene do sono favorece o controle das crises. É desejável manter uma rotina adequada para crianças com terror noturno. Isso significa dormir em horários pré estabelecidos dentro de uma ambiente físico e emocional adequado.
Não existe um tratamento específico para o terror noturno e, na maioria das vezes, não é necessária a realização de exames complementares. A promoção do ambiente físico e emocional adequado e o acompanhamento pelo pediatra são suficientes para assegurar o bom desenvolvimento da criança.
